O arranha-céu que esteve a ponto de destruir meia Manhattan
Foi inaugurado em 1977 a sede da maior empresa de serviços financeiros do mundo, o Citigroup, que é um dos arranha-céu mais reconhecíveis de Manhattan devido a sua peculiar cobertura inclinada.
O arranha-céu de 59 andares e 279 metros de altura, literalmente paira sobre a igreja luterana de São Pedro, pois no começo dos anos setenta o Citicorp quis comprar o terreno. Foi então que os clérigos e a corporação bancária chegaram a um acordo de que venderiam o terreno adjacente e os direitos aéreos da igreja, o que significa que o banco não poderia ocupar o nível térreo do terreno da igreja, mas nada impedia de construir sobre ela a partir de determinada altura.
Em junho de 1978, um ano depois da inauguração do arranha-céu, Diane Hartley, estudante de engenharia civil de Princeton, ligou para o escritório do engenheiro responsável pela obra que era William J. LeMessurier. Possuía algumas dúvidas em relação à estrutura, dizia que segundo seus cálculos, a estrutura só estava preparada para resistir a forças que fossem perpendiculares às faces.
LeMessurier, então resolveu rever seus próprios cálculos, e viu que Hartley tinha razão. Felizmente, as margens de segurança empregadas no cálculo permitiam à estrutura resistir inclusive às cargas não previstas. Ocorre que, para reduzir custos e mão de obra, a construtura tinha decidido usar rebites no lugar das soldas que figuravam no projeto, e isso significava que as uniões atarraxadas falhariam ao sofrer as forças não calculadas de vento diagonal.
Se o amortecedor de massas funcionasse, o edifício resistiria a ventos de ate 160km/h, mas se uma tormenta interrompesse o fornecimento elétrico, o arranha-céu de quase 300 metros de altura construído no meio de uma das cidades mais povoadas do planeta, poderia desmoronar com ventos de apenas 110km/h, algo que ocorria a cada 16 anos em Nova York.
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